Quando foi que a internet ficou tão chata?
Sério, quando foi? Porque eu pisquei e de repente tudo virou publi mal disfarçada, foto de café igualzinha em todo feed e uma competição silenciosa pra ver quem parece estar vivendo melhor
Se você cresceu ali nos anos 2000, início dos blogs, Flogão e MSN, sabe do que estou falando. A internet era um lugar estranho, sim, mas também deliciosamente espontâneo. A gente criava conteúdo sem pensar em engajamento, sem calendário editorial, sem “posts estratégicos”. A gente escrevia o que dava na telha, compartilhava gifs de glitter e declarava nosso amor por bandas com letras em Comic Sans. E tava tudo bem.
Mas aí a internet virou mercado.
E eu não sou contra, viu? Eu trabalho com isso, empreendo, produzo conteúdo, vendo, crio. Mas sinto falta da leveza. Da liberdade de simplesmente aparecer com um texto meio torto e um monte de pensamento desconexo, como esse aqui.
Por isso decidi voltar com o blog.
Sim, o blog. Esse espaço meio esquecido que, diferente das redes sociais, não exige dancinha, algoritmo ou cronograma. Aqui eu posso escrever com calma, com alma, sem a pressão de viralizar. Escrever pra quem quiser ler. Pra quem sentir que esse tipo de conversa ainda faz sentido no meio do caos.
Então, esse é meu post de retorno.
Não sei exatamente como vai ser, quantas vezes vou postar, ou se alguém além da minha mãe vai ler (beijo, mãe). Mas senti no coração que era hora de voltar pra esse cantinho que sempre foi meu refúgio. Onde posso ser 100% eu: millennial, nostálgica, questionadora, meio cética, meio mística, 100% caótica (e com vários interesses ao mesmo tempo, como sempre).
Se você também sente saudade de quando a internet era mais divertida, mais honesta e menos “curadoria de feed perfeito”, senta aqui. Vamos conversar.
Me conta: quando foi que você sentiu que a internet ficou chata?
Não se esqueça, fique bem e seja gentil.
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